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Nacional

21 Dez 2021

CANNADOURO 2021 UMA CANÁBIS, DE TODOS E PARA TODOS

Uma planta, muitos usos. Uma Cannadouro, muitos públicos. Foi o que se comprovou, mais uma vez, na 4ª edição da Feira Internacional de Cânhamo do Porto, que teve lugar no passado mês de Novembro. O evento foi um sucesso a todos os níveis, teve visitantes de vários países. Deixa saudades entre os participantes e sobretudo em nós, enquanto começamos a preparar a próxima edição.

 

Nos dias 20 e 21 de Novembro celebrámos mais uma edição da Cannadouro. Este encontro anual, que em 2020 não se pôde realizar devido à pandemia, regressou este ano reunindo cerca de 400 profissionais do meio, 43 empresas, cinco associações e mais de três mil visitantes na Alfândega do Porto.
 

Em paralelo, teve lugar um ciclo de conferências que contou com mais de 15 oradores, especialistas em várias áreas, com o primeiro dia focado no cultivo de cânhamo em Portugal e o segundo dia dedicado à canábis medicinal, ao papel das associações em Portugal e no Brasil e aos clubes canábicos da Galiza. Estas palestras, complemento imprescindível à feira, têm-se revelado de ano para ano como uma plataforma imprescindível para a promoção do debate público na sociedade civil em torno da utilização desta planta nas suas múltiplas vertentes. Não existe nenhum outro evento no país que ofereça, de uma forma tão condensada, tanta informação em torno da canábis.

 

Dividida em vários pavilhões, a Cannadouro 2021 contou com uma Zona Cultural com exposições fotográficas sobre canábis, música ao vivo e uma feira de artesanato de produtos sustentáveis; uma Zona Associativa, onde marcaram presença vários colectivos que se dedicam a representar e a apoiar utilizadores de canábis, produtores de cânhamo e outros assuntos relacionados com as múltiplas vertentes da planta; uma zona exterior com food trucks e DJs e claro, a Zona Comercial, onde os profissionais disponibilizaram os seus milhares de produtos coloridos e equipamentos topo de gama, mostrando toda a capacidade inovadora e empreendedora deste sector de negócios em forte expansão nacional e mundial.

 

De acordo com João Carvalho, director da feira e da Cannadouro Magazine, “o balanço desta edição é francamente positivo em termos de visitantes e conseguimos aumentar a área da zona comercial”. 

 

Os números são apenas mais uma prova de que o mercado da canábis em Portugal está em crescimento, havendo cada vez mais profissionais e mais pessoas interessadas na planta para todos os seus fins. “Desde 2017 que somos o local de encontro da cultura canábica em Portugal”, lembra João. “Em qualquer sector de actividade é importante que exista uma feira e, neste caso, é complementada por um ciclo de conferências que nesta edição aumentou para 15 oradores - o que é de louvar”.


Ponto de Encontro

A Cannadouro é como uma festa de família onde se partilha informação e experiências e se fazem muitos negócios. É também como uma grande angular, onde se consegue ter uma visão geral das centenas de usos da planta e do mercado que existe em torno dela. Aqui convergem os produtores de cânhamo industrial, de suplementos ou ingredientes para cosmética, como a Lusicanna; grow shops como a Planeta Sensi, a Loja da Maria ou a Art of Joint que vendem toda a parafernália para uso e cultivo; lojas de canábis com as flores, óleos e outros acessórios, como a Green Swallow ou os produtores de cannacerveja ou cannacafé; os estudiosos das fibras de cânhamo para construção ou para têxteis como as 7 Irmãs e as associações que trabalham com pacientes ou que ajudam a defender legalmente quem se vê metido em sarilhos por usar ou trabalhar com a planta, como a brasileira Santa Cannabis, a portuguesa Apcanna ou a galega Galfac. E, entre os visitantes, há quem venha por motivos profissionais, quem só venha ver e os que vêm saber o que há de novo, os que aproveitam para comprar para o ano inteiro a preços de feira, os que decidem levar qualquer coisa para provar pela primeira vez, os que fazem isto por amor à planta e os que vêm (e encontraram) na canábis uma mina de ouro. Há de tudo. E como diz João “a feira tem contribuído para a criação de novos negócios e novos projectos, de sinergias entre associações, para a informação e a desmistificação em torno da canábis, para a redução de riscos…” a brincadeira que têm é que, afinal, de certa forma até estão “a desempenhar um serviço público”. Depois destes dois dias de feira e conferências, é difícil discordar. 

 

Problemas com a polícia? Não temos!
A visita da polícia já é habitual. Aparecem, dão uma volta, fazem as perguntas da praxe e seguem. Não se sabe muito bem quantos agentes à paisana haverá entre o público (ou quantos visitantes consumidores serão polícias nas suas horas de trabalho). Mas as autoridades nem levantam questões nem dão nas vistas, o que quase deixa imaginar o que poderia ser o mundo sem proibição - quantos custos e problemas desnecessários se poderiam evitar? Obviamente que tudo o que se expõe e comercializa aqui na feira cumpre a lei. Não há ervas com mais de 0,2% de THC, não há CBD full spectrum nem produtos comestíveis com canabidiol (CBD), delta-9-tetraidrocanabinol (THC), cannabigerol (CBG), canabinol (CBN) com partes da planta ou flores. Não se vendem flores de canábis com THC nem haxixe nem sementes de plantas com efeitos psicotrópicos, nem bebidas com extractos não autorizados. Mas existe um verdadeiro interesse das pessoas por tudo o que está relacionado com a canábis, existem negócios com muitos zeros a acontecer e vende-se tudo o resto… tudo o resto que permite utilizar, cultivar e usufruir, o que só revela a farsa que o actual marco legal português nos obriga a viver. 

“Somos visitados oficialmente e formalmente em todas as edições e as autoridades já perceberam que a Cannadouro o que quer é desmistificar, oferecer informação e contribuir para a riqueza do país”, diz João. “Nunca tivemos nem temos nada a esconder, pelo contrário, queremos é mostrar, queremos luz e informação, e daí termos como lema rumo à legalidade da canábis. Já estamos a assistir a um efeito dominó e em breve será uma realidade. Por mais que queiram deter o consumo, este é um movimento imparável”. 

 

E, sem dúvida, como outros eventos de outras índoles, esta feira traz dinheiro à cidade, estimula o turismo, gera riqueza e cria dinâmicas culturais e sociais positivas, sem causar quaisquer distúrbios. 

 

Benditas associações

 

Os colectivos ligados à causa são a melhor prova disso. Desde a Santa Cannabis, uma associação de pacientes brasileira que se dedica a prestar apoio médico, jurídico e psicológico a famílias e utilizadores que procuram tratamentos fora ou através do auto-cultivo, à Cannacasa, que representa os produtores de cânhamo em Portugal e tem prestado apoio jurídico a todos os que têm tido problemas com a DGAV, todas têm um papel social que se tem vindo a revelar fundamental.

 

Pedro Sabaciauskis e Cecília Galicio, da Santa Cannabis, mostraram bem como a sociedade civil se está a mobilizar e a dar as respostas que o Estado continua a recusar aos cidadãos que, na canábis, encontraram uma solução para os seus problemas de saúde ou mesmo, apenas, para o seu “bem-estar”. Cecília, jurista, referiu o papel do associativismo e do “auto-cultivo como garantia de direito à saúde”, falando sobre vários casos de utilizadores de canábis medicinal que foram criminalizados por posse, e acabando por resumir tudo numa frase: “O abuso de substâncias é um problema de saúde pública, o uso não é”.

 

Uma história muito pessoal
O caso de Rita Pereira, da Maria Hemp, é um exemplo. Há três anos, Rita teve cancro da mama. Não quis fazer quimio nem radioterapia e, pesquisando sobre canábis, decidiu que esse seria o seu tratamento. “Fui à Holanda buscar o óleo concentrado. Fiz um tratamento de 8 semanas, reduziu bastante e teve muito sucesso.” Rita teve uma enorme pressão familiar e médica para fazer o tratamento convencional mas, como conta, “fiz a operação mas depois não precisei de fazer tratamento nenhum porque já o tinha feito com o óleo de canábis. Foi aí que descobri o poder da planta”. Tendo em conta a actual situação legal em Portugal, Rita trouxe do estrangeiro e usou uma substância ilícita. Mas uma substância que a curou “a 100%”, como ela diz. Chegou a tomar 1 a 2 g de THC por dia e, desde então, começou a fazer óleos em casa e ajuda imensas pessoas que a procuram. “É uma planta milagrosa e por isso eu quero muito partilhar o que sei e decidi dedicar-me a ela”. Hoje em dia, produz os seus óleos num laboratório na Eslovénia e já oferece preparados com outros canabinóides, como o CBN e o CBG, “muitos bons para dormir, para dores musculares, glaucoma…”.


 

Um mercado em explosão

 

As histórias de investimentos de milhares que passaram a lucros de milhões em poucos anos são habituais entre os profissionais e empreendedores. Ricardo Ferrini, fundador da growshop CBWeed, nascida em 2017 e que já tem mais de 50 lojas por toda a Europa, 15 delas em Portugal, percebeu o valor que a planta iria ter e apostou tudo. “O meu trabalho é encontrar o negócio, onde quer que esteja, e vi o potencial da canábis, por isso decidi dedicar-me a isto”. Na sua loja encontra-se de tudo: “somos especialistas em flores e óleos e noutros produtos de marca própria''. Sendo italiano, quisemos entender a diferença entre ambos mercados. “A  diferença é basicamente o número: Portugal tem 10 milhões de pessoas, Itália tem 60 milhões. O turnover é completamente diferente, lá temos 34 lojas abertas e uma distribuição massiva em todo o país. Aqui ainda só temos 7”. Quando lhe perguntamos o que está a preparar a seguir ele revela: “Bem, começamos isto com 46 mil Euros e em quatro anos, com um ano e meio de pandemia, chegámos aos 20 milhões de facturação e somos líderes de vendas online… é muito para além das minhas expectativas, por isso quem sabe o que podemos fazer a seguir? Neste momento produzimos cerca de cinco toneladas e começámos com 60 Kg… not bad, ah?”, diz enquanto dá uma gargalhada.

 

Julia Matos, da Paralab, também fala de crescimento - da feira em comparação com 2018, quando estiveram presentes pela última vez, e do negócio. A Paralab distribui equipamento científico para produtores e laboratórios. Entraram na área da canábis por causa da procura, explica Júlia. “A partir do momento em que foi legalizada, tivemos pessoas a contactar-nos e foi para dar resposta aos clientes”. Hoje têm equipamentos pós-colheita, para “trimming” para extracção de óleos, para análise de concentrações de canabinóides. Uma das máquinas que trouxeram à feira e que teve enorme procura foi a Smart Cannabis Analyzer GemmaCert. Parece um pequeno electrodoméstico de cozinha moderno, onde se mete a erva e em poucos minutos obtemos a composição da mesma, numa app com sensibilidade de 0,1% de THC. O valor de mercado da máquina situa-se entre os 3300 e os 4300 Euros, na versão com sensibilidade de 2% de THC. Não lhes falta procura.

 

Alberto Pires, da Planeta Sensi, e director comercial do certame, congratulou-se com mais uma edição da Cannadouro. “Para nós a feira este ano era uma incógnita por causa da pandemia, pensávamos que não iria haver tanta afluência de gente, mas tendo em conta o que aconteceu, acho que correu muito bem. Tivemos mais público novo, espanhóis e muitos estrangeiros e também um novo público português.” Em relação ao mercado, Alberto é crítico: “Noto muitas mudanças no mercado: umas para pior e outras para melhor. Tendo em conta que andamos no mercado há 15 anos, notou-se nos últimos anos um boom de lojas de canábis, que crescem como cogumelos, e muita gente está porque gosta, mas também há muita gente que vê nisto o novo ouro verde, porque a canábis está na moda, e então nota-se que começaram a abrir muitas empresas dedicadas ao ‘cannapitalismo’".

 

Juntar o agradável ao business
Francisco da Costa, da CBD Farmers e da CakeSpace, também não tem razão de queixa. 

Começou o negócio em 2018, quando houve o boom do CBD em França. “Toda a gente começou a falar em CBD e eu já tinha vontade de entrar neste mundo da canábis, porque sou consumidor - e foi juntar o agradável com o business”. 

A CBD Farmers é “o lado verde”, com a produção de flores e óleos que distribuem B2B, e a CakeSpace é “o lado divertido”, para clientes que procurem flores para fumar ou vaporizar, e bebidas. Focam-se na vertente recreativa e “nas sensações”, como diz. “Fazemos formulações com terpenos, pelos aromas, outras para ter a sensação de relaxamento, formulações para a concentração, para a parte sensual… não é só o CBD!”. 

Com sede em Paris, só funcionam com lojas próprias e têm quatro quintas de produção em Itália e uma rede de 110 “colaboradores” que lhes fornecem a matéria prima. “Na parte da CBD Farmers somos uns dos líderes em resale - estamos a vender entre 4 e 6 toneladas por mês, para o mercado francês, espanhol, alemão e agora a entrar no português”, explica, revelando que a estratégia é abrir entre 30 e 40 lojas da CakeSpace em Portugal. 

Presença habitual também é a growshop de Coimbra, UrbiCult, que já conta com 10 anos de existência. Participam não só pelos contactos profissionais mas também para conhecer em pessoa muitos dos seus clientes. “Recebemos muitos clientes do sul, que vêm ver-nos aqui. Os contactos profissionais são óptimos, mas os que nos dão mais prazer são os que fazemos com os nossos clientes de há anos e aqui finalmente podemos associar a cara às pessoas”. Quem fala é André Ferrão, um dos fundadores, que também defende que o Porto é “o local ideal” para fazer este tipo de evento, “porque é dos sítios em Portugal em que a comunidade está mais aberta e tem menos receio de se expor” A UrbiCult é especializada em “soluções completas, com luzes artificiais para poder cultivar em interior, com um crescimento rápido em espaços pouco prováveis, espaços pequenos… ou grandes”, ri-se. Hoje em dia têm um catálogo enorme, com opções “altamente rentáveis” e vendem a muitos produtores de agricultura tradicional, como framboesas, mirtilos, kiwis, maracujás, além da parafernália associada ao cultivo e ao consumo. André é um defensor da legalização do cultivo: “Já há muito que devia ter sido regulado. Aquilo que a História já nos provou é que não adianta lutar contra uma actividade quase inócua para a sociedade e deve dar-se a responsabilidade a quem opte por fazê-lo. Mas para ultrapassar essa situação é preciso dar passos muito grandes e haver vontade política”, o que considera difícil de acontecer face à actual situação - as últimas propostas de lei para a legalização, apresentadas pelo Bloco de Esquerda e pela Iniciativa Liberal em Junho deste ano prescreveram, devido à dissolução da Assembleia pelo Presidente da República.

 

Outra presença habitual é a da Bio Nova, que se uniu à growshop “A Loja da Maria” para participar de novo este ano. A Bio Nova uma empresa de substratos e fertilizantes biológicos, nascida na Holanda há 28 anos. Eric Van Vlimmeren, CEO e fundador, refere que a marca oferece produtos “limpos e concentrados” e tem uma linha vegana, das poucas no mercado. “Os fertilizantes orgânicos têm muitos produtos animais que são basicamente lixo dos matadouros ou das piscifaturas”, explica. Apesar de ser um mercado mais reduzido, Eric não dispensa a vinda à Cannadouro. “Adoro vir a Portugal, gosto muito do público e da atmosfera, e há uma nova tendência de cultivadores profissionais e de produtores de canábis medicinal, o que permite ajudar muitas pessoas e por isso é uma razão muito boa para estar aqui”, salienta.

 

Eric tem vindo a notar grandes mudanças no mercado. “A Holanda, por exemplo, nos últimos sete anos tem-se vindo a tornar muito repressiva para pequenos produtores. Quase já não é possível. Só temos duas facilidades que podem produzir canábis medicinal e plantas com THC para as growshops e vão ser licenciadas mais oito. Isto vai mudar para o ano, Ou seja, o número máximo vão ser 10 empresas”. Diz que é difícil de encontrar a razão para estas mudanças mas que “havia muitos roubos às pessoas que cultivavam e vendiam e uma quantidade enorme de dinheiro ilícito a circular, pelo que o governo decidiu que isso tinha que terminar”. Isto significa que cultivar deixou de ser legal, as growshops também passaram a ser ilegais “porque isso promovia a produção ilícita”. A sua empresa não se foca apenas na canábis, porque também trabalha com muitas empresas de produção agrícola tradicional. 

 

Novos modelos de negócio

A Juicy Fields, por exemplo, é uma empresa relativamente nova que se dedica ao “cannabis crowdgrowing” para facilitar o investimento em empresas de canábis. Quem quiser investir neste mundo, pode apostar num dos pacotes que oferecem, com um retorno potencial bastante suculento. De acordo com Bruno Bolo, gerente comercial da marca no Algarve, “há muito interesse do público, as coisas vão mudando e as pessoas estão mais cada vez mais informadas.” Para eles a presença na feira foi um novo desafio. Sendo uma marca relativamente nova, é a primeira vez que estão presentes. Mas não será a última. 

 

Na Zona Cultural, o projecto 7 Irmãs, que se dedica à produção, transformação e ao estudo das formas tradicionais de produção de fibra de cânhamo, trouxeram as máquinas de descorticar, os pentes e um tear e puseram os visitantes a experimentar. Nesta zona, outros projectos ligados ao cânhamos agroindustrial, ao têxtil, à eco-construção como os Hemp Ecos, Hemp Crits, Organic Hemp e a Pedrez, mostraram o trabalho que têm vindo a desenvolver na construção natural.

A Hemp Ecos, por exemplo, já tem à venda no mercado português lãs de fibras, rolo e painéis de lã de cânhamo para isolamento de edifícios ou outras soluções como as aparas (shivs) de cânhamo que se têm vindo a revelar uma excelente solução para camas de animais e outros fins agrícolas e industriais. Mas também houve skates e criadores que trouxeram cosméticos e roupa feita de cânhamo, cerveja artesanal e muita música.


 

“Só há uma canábis”

 

Em relação ao número de visitantes, a feira contou com um perfil de visitantes muito heterogéneo, dos 8 aos 80, uns mais interessados no aspecto da canábis agro-industrial, outros na recreativa, outros na medicinal. “A Cannadouro já tem como compromisso apresentar informação do ponto de vista comercial, académico, de investigação, de associativismo, de gestão de riscos, ou seja, em todas as vertentes da canábis, pois acreditamos que só há uma canábis”. 

 

Entre o público, também houve surpresas. Maria Meneses é de Lisboa, não é uma consumidora habitual nem tinha muito interesse neste assunto. Veio à feira acompanhar a irmã e diz ter pena de não ter visto mais divulgação da feira. “Não tenho conhecimento de outras feiras no centro e no sul do país e também reparei que a comunicação social não está aqui, mas acho que seria importante divulgar os assuntos relacionados com isto e ajudaria a romper com os preconceitos de que isto é só droga e que é mau”. Para esta visitante, o melhor da feira foram as conferências. “Depois de ter assistido a algumas palestras entendi como pode ser importante e boa esta planta. Achei muito interessantes as do primeiro dia, que era mais virado para a parte industrial; e no segundo gostei muito de ouvir as associações, com um papel muito importante, que é desconhecido - uma delas era a Kosmicare, que testa a canábis e outras drogas. Acho que os jovens deviam conhecer melhor, porque é fundamental saber o que se compra”, desabafa.



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