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Crónicas

21 Mar 2021

Canábis farmacêutica vs Canábis Civil

No início deste milénio, Portugal tornou-se no país mais respeitado e admirado no mundo inteiro, ao descriminalizar o consumo de todas as substâncias, assumindo a vanguarda mundial na política de drogas. Corajosamente, cortou com a velha ordem proibicionista internacional, controlada pelo poder americano, através das suas organizações "marioneta", como as Nações Unidas (ONU), UNODC, FDA, OMS e conseguindo, assim, pela primeira vez em todo o planeta, reduzir os efeitos mais danosos do consumo de drogas. 

Mas Portugal, transformou-se no país mais atrasado quanto à canabis, ao se deixar submeter às duas mais destrutivas formas de subdesenvolvimento económico da actualidade: 

 

1 - A Farmacêutica
2 - A Especulação Financeira

 

1 - Farmacêutica - os cartéis que mais investiram no controle accionista de farmacêuticas e que hoje as lideram, usufruíram do marketing e lobby mais agressivo do mundo, juntando tudo o que as melhores "universidades" do crime financeiro e político, permitem. Mesmo com os milhões de mortos da crise opióide americana, elaborados com a responsabilidade de farmacêuticas, como a Johnson & Johnson, a Insys Therapeutics entre outras, nada beliscou a imagem destes "doutores" do tráfico "medicinal", imparável, corrupto, legalmente protegido e por cá até respeitado. 

 

Porque querem agora entregar a canábis portuguesa, às corporações farmacêuticas? A verdade é escandalosa, ou seja, como uma planta milenar não pode ser patenteada, então utilizam o componente mais interessante da canábis, o THC, e procuram soluções que artificialmente lhes ofereçam o seu monopólio. Para isso, lutam por patentes, recorrendo a simulações e artifícios para iludir as pessoas e até mesmo o regulador, bastando apregoar a alteração da forma de aplicação, como um vaporizador, acrescentando algo inócuo, e voilá, só a multinacional XY pode vender THC.

 

A primeira licença para produzir legalmente canábis foi entregue a um indivíduo isrealita que não conhecia a planta, nunca tinha plantado canábis e provavelmente até hoje, nunca plantou.

 

O que este indivíduo fez para ultrapassar todos os portugueses, foi usar um amigalhaço chamado Ângelo Correia, um dos ex-ministros reformados, que o marketing farmacêutico contrata, para "acelerar processos" e uma farmacêutica, chamada GW Pharma, que conseguiu patentear "partes" da canábis.

 

2 - Especulação Financeira - Imediatamente após, a impunidade que os "mestres" de Wall Street, responsáveis pela crise económica de 2008 conseguiram, transferiram-se de armas e bagagens para a "especulação canábica". Empresas financeiras que investem em bolsa na canábis, tiram partido da anarquia da "pré-legalização" e da longa espera, imposta pelo monopólio das patentes e da manipulação mediática, que permitem valorizar exponencialmente empresas pequenas, através de notícias "preparadas" e nunca confirmadas. Até a Tilray anuncia ao mundo que não paga impostos em Portugal, por isso devem investir neles para não pagarem taxas na UE. O valor em bolsa aumenta extraordinariamente a cada vez que lançam rumores na net, tipo fusões, parcerias, desde a Coca Cola a muitos outros e mesmo quando nada se verifica, ninguém quer saber. Cá, bastou irem buscar, mais um "ministro na reforma" um tal Jaime Gama e neste "bananal", abrem-se as portas todas. Até José Seguro está numa empresa de canábis.

 

Os países que mais evoluíram e lideram hoje a canábis em termos mundiais, foram aqueles que foram buscar os activistas que mais se destacaram na luta pela sua reforma legal e que durante as últimas décadas mais conheceram e desenvolveram as novas vias de se regular, cultivar, gerir e consumir canábis responsavelmente. Logo, beneficiaram de um know-how extremamente valioso, que lhes permitiu desenvolver soluções mais avançadas e mais rapidamente que os outros.

 

Portugal, pelo contrário, limitou-se a insistir no obsoleto "academismo analfabeto", quando hoje, não é nas universidades que reside o conhecimento mais inovador, mas sim em quem o desenvolve e lidera o tema a nível mundial. E assim se entregou a canábis às velhas instituições médicas, sustentadas pelas companhias farmacêuticas estrangeiras. 

 

Não se iludam, não é a canábis dita medicinal que as farmacêuticas querem, esse é apenas um esquema para conseguirem o monopólio, ultra trilionário que só a canábis recreativa oferece. É que se fosse, há muito que seria usado medicinalmente, tal como o ópio ou a coca. O que realmente interessa é o que é consumido, porque esse sim, é que oferece as maiores fontes de receita da actualidade. Afinal, muitos milhões de cidadãos adultos no mundo inteiro querem canábis! Por isto mesmo controlam, pressionam, corrompem, falsificam relatórios, condicionam pesquisas, mas, acima de tudo, atrasam a sua legalização.

 

Um recurso tão valioso e importante como a canábis exige muita inteligência e nenhuma ingenuidade, pois estamos a concorrer com os poderes mais gananciosos do mundo, capazes de tudo para conseguirem a "última corrida ao ouro". 

 

Portugal é o país Europeu com características mais privilegiadas, acesso a todo o mercado da UE e as melhores condições para cultivar ao ar livre, o que permite reduzir enormemente os custos de produção. Possui um dos melhores sistemas mundiais de redução de danos e protecção da saúde nas drogas.

 

Ou seja, é o país mais indicado para criar todo um sistema evoluído, capaz de proteger o interesse do cidadão consumidor e o interesse do Estado. Deve regular urgentemente o consumo, o acesso e o cultivo do canábis, afirmando o interesse do país, sem se rebaixar às farmacêuticas estrangeiras.

 

Criar espaços de consumo e distribuição da canábis, de forma a cumprir o acesso apenas a adultos e os requisitos legais exigíveis, assegurando a qualidade da substância, a protecção da saúde do consumidor, permitindo que este tenha um consumo controlado e recebendo o apoio e assistência em contacto com instituições como o SICAD.

 

Portugal não legalizou a canábis, pelo contrário, apenas beneficiou o interesse farmacêutico, que nada tem a ver com os direitos dos cidadãos que a utilizam e o fazem com responsabilidade!

 

Todos os cidadãos que lutam pelo direito de consumir canábis legal e civilizadamente, devem parar imediatamente de se deixarem enganar com a canábis farmacêutica, dita medicinal, porque estão a prejudicar o seu interesse, a desistir do seu direito, da sua força e a adiar indefinidamente a essência da sua causa! 



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